quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Resenha crítica-Nada na língua é por acaso

Resenha Crítica

Nada na Língua é por acaso

Segundo a ciência da linguagem, não existe erro na língua, pois ela é entendida através de sons e significado que se organizam para permitir a interação humana.
Há uma pungente realidade, a noção de “erro” em língua nasce, no mundo ocidental, em particular a língua grega que para se tornar em particular a língua grega que para se tornar oficial em um grande império surgiu a necessidade de normatizar a mesma, ou seja, de criar um padrão uniforme.
A nossa gramática tradicional foi criada em bases preconceituosas por uma aristocracia formada por pessoas fúteis que usavam a língua para diferenciar classes sociais. Por isso ela merece ser estudada, como um importante patrimônio cultural do Ocidente, mas não para ser aplicada cegamente como única teoria lingüística válida nem, muito menos, como instrumento adequado para o ensino.
Comparando o uso da língua (a escrita literária e a fala espontânea), o desprezo pela língua falada e supervalorização da língua escrita literária; era usada por camadas cociais de prestígio e transmitido apenas a um grupo restrito de falantes, os que tinham acesso à escolarização formal diferente da espontânea que era usada, estigmatizada das variedades não-urbanas, não-letradas, usada por falantes excluídos das camadas sociais de prestígio.
Ao contrário da Gramática Tradicional, que afirma que existe apenas uma forma certa de dizer as coisas, a Lingüística demonstra que todas as formas de expressão seguem regras e têm uma lógica perfeitamente demonstrável. Isso fica bem claro, quando olhamos o latim no qual depende nossa língua portuguesa. Por exemplo, blandu-brando; clavu-cravo, palavra nas quais o L e trocado por R onde o maior erro dos desprestigiados analfabetos, pobres, moradores da zona rural. Assim, o suposto “erro” é na verdade perfeitamente explicável.




O exemplo apresentado (mudança de L para R em encontros consonantais) não dever levar ninguém a supor que esses fenômenos variáveis só ocorre na linguagem dos falantes rurais, pobres, sem escolarização. Eles ocorrem também na língua dos falantes “cultos”, urbanos, letrados. Muito embora esses mesmos acreditem ser os legítimos representantes da língua “certa”.
O que deve ser feito é uma junção das duas formas, para que ambos os lados saiam equilibrados sem desprezar a forma culta nem excluindo as idéias criativas de uma linguagem alternativa, é assim ser repassado para os alunos uma língua mais democrática.

Erilene Aragão de Carvalho
Coordenadora do Gestar II
Ibiapina-Ce

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